"Quero ver você não chorar, não olhar pra trás nem se arrepender do que faz. Quero ver o amor crescer, mas se a dor nascer você resistir e sorrir. Se você pode ser assim, tão enorme assim, eu vou crer que o Natal existe, que ninguém é triste e no mundo há sempre amor.Bom Natal, um Feliz Natal, muito amor e paz pra você..."
E foi dada a largada da corrida dos presentes! Há tantos compradores desenfreados circulando por ai a procura do presente perfeito que até Papai Noel seria passado para trás.

As ruas estão uma loucura até nos finais de semana. Na 25 de março já tem fila para ENTRAR nos Armarinhos Fernando (e não Fernandes, tá? É FER-NAN-DO) além de todas aquelas crianças gritando no meio da rua querendo o diacho da boneca da Frozen (quando Frozen é o nome do filme e não da boneca. O nome dela é Elsa, ninguém quer a Anna).
Filas estonteantes, produtos esgotados, roupa branca em todas as vitrines de loja de roupa (já que você não pode simplesmente usar preto no ano novo por alguma razão que eu não tenho ideia de qual seja). Gente comprando o Tender, o Chester e eu aqui sem nunca me lembrar da diferença dos dois (e nem de qual bicho eles vêm).
Por toda a parte da cidade existem árvores de natal e luzes e Papai Noel. Na verdade, eu ouvi dizer que o mercado para Papai Noel de shopping está meio em baixa. E pensar que uma vez me chamaram para trabalhar como ajudante do bom velhinho no Natal. Antes eu tivesse aceitado...
O desespero de acertar no presente do amigo secreto (já que agora todo mundo baixa músicas e não se pode mais simplesmente dar um CD das Americanas). E tudo isso tentando economizar os centavos, já que ninguém está com muita vontade de esbanjar por ai.
Ah! Quase ia me esquecendo. Não dá para não comprar uma roupa nova para usar na data, certo? Afinal, é super necessário colocar algo impecável para ficar sentado no sofá da sala se empanturrando de farofa e Chester. (que eu ainda não sei de qual bicho é feito!)
Estão reclamando que a decoração natalina da Avenida Paulista está infinitamente inferior ao esperado, especialmente se compararmos com aquela do ano passado (que chegou a causar trânsito, pois todos queriam trazer as crianças para ver aquele monte de luzes).
MAS GENTE! Vamos parar um pouquinho?
O que realmente importa nesse feriado?
Não são as roupas novas ou os presentes que tornam o Natal mais especial ou agradável. Nada disso serve para suprir a falta de algum ente querido.
Nessa nossa terrível mania de querer empurrar um presente na goela das pessoas, esquecemos que o verdadeiro valor está em nós. Que, talvez, aquele presente pudesse ter sido comprado pelo próprio parente, mas não o sentimento de ter por perto alguém de quem gostamos.
Honestamente, a falta de luzes natalinas na Avenida Paulista é o mais irrelevante dos nossos problemas.
Vamos só tentar apreciar a presença daqueles que amamos enquanto temos chance. Munir nosso espírito de boas energias e bons desejos para o próximo ano. Valorizar mais as coisas que nos fazem felizes, mas que passam despercebidas no dia-a-dia.
Esse é o verdadeiro espírito do Natal. Celebrar a união, a paz e a felicidade. E nada disso dá para comprar por ai. (Talvez a felicidade hahahaha brincadeira).
Feliz Natal para todos. :)