quarta-feira, 15 de abril de 2015

A FANTÁSTICA AVENTURA DE UMA PAULISTANA NO RIO DE JANEIRO

Antes de ler este texto, você PRECISA saber que eu relutei muito em escrevê-lo. Não achei justo usar uma experiência tão íntima minha pra tecer assunto pro Blog, né? Mas como isso aqui anda meio ás moscas ultimamente, bem, por que não?

O lance é que um amigo me deu a idéia numa daquelas conversas de tarde de domingo, e embora eu tenha dito que não, cá estou eu, fazendo exatamente o que disse que não ia fazer. Me julguem hahahahha.

Eu não sei em que parte do mundo vocês, leitores ocasionais deste blog mais ocasional ainda, moram. Mas, se algum de vocês for de São Paulo e resolver se aventurar no Rio de Janeiro, bem, vai poder testemunhar o que eu vou contar aqui hahahahah

Vou começar pela coisa que mais me chamou a atenção, tá? O jeito de falar.

Eu nunca percebi que tinha um sotaque tão... descarado. Todo mundo que me ouvia falar, sabia que eu era de SP. Todo mundo. Algo sobre meu jeito de pronunciar o 'r' no meio das palavras, que faz parecer interiorano. Mas eu juro, de pés juntos, com mindinho erguido, que sou do centro. Então não sei como rolou, mas rolou. :)

O carioca tem um jeito mais intimidador de falar. E um pouco mais alto também. Na verdade, chega a acuar um pouco se você não tem costume. A coisa mais engraçado foi quando estava na praia do arpoador com um grupo de amigos e um vendedor de cerveja passou.

Não por ser um vendedor de cerveja, nem nada do gênero, mas pelo jeito. Ele apontava para as pessoas com um bocadinho do que me soou como braveza e falava "Quer cerveja?" Dum jeito que me fazia pensar que se eu não quisesse, eventualmente ele fosse me tacar uma latinha na cabeça. Mas não é, é só o jeito mesmo.

E fica ainda mais engraçado se comparando com uma vez em que estive na praia do pôr do sol e um vendedor de Heineken perguntou gentilmente pra mim e meu namorado "vai uma cervejinha ai, dupla dinâmica?". Só pra exemplificar um bocadinho da diferença do modo de falar. Os dois queriam vender o mesmo produto numa tarde de sol, mas cada um oferece com a influência regional que sofreu durante sua vivência.

E, não, não quis a cerveja de nenhum deles. Não gosto de cerveja hahahahaha.
O povo carioca fala mais devagar, mesmo que mais intimidadoramente. Ao contrário dos paulistas, que falam tudo rápido e tudo com um pouquinho mais de jeito. 

Até o jeito de chamar o garçom é diferente. Aqui, você vê as pessoas dizendo "Amigo!" ou "Ei, garçom!". Lá você ouve tipo "Ow, da gravata!" ou apenas um assovio. E lá eles chamam o motorista do ônibus de piloto. E o cobrador de trocador. Sério.

Bolacha x Biscoito = Nem vou comentar. Me recuso

O jeito de barganhar também é diferente. Aqui nós fazemos um certo flerte, pedimos por favor, enrolamos um pouquinho, fazemos até cara de choro se precisar hahahah Qualquer coisa pelos centavos. Lá já é de um modo mais imponente, por assim dizer. Puxando mais as palavras, insistindo, mostrando argumentos e coisa e tal. 

Acho engraçado pra caramba, por que é um estado tão coladinho aqui em SP e já tem uma diferença bruta no modo de falar ou de agir. Nem vou falar do lance dos dois beijinhos na bochecha por que já cansei de ser puxada pra ficar parada e esperar o outro beijinho.

Aqui é tudo muito apressado, eles dizem. Não esperamos nem pra cumprimentar direito. Hahahahahaha

Bom, se eu não for apedrejada por ai por alguém que se ofendeu com o que eu disse, em breve eu faço mais posts sobre isso ^^ Mas queria ressaltar o fato de que não quero ofender ninguém, tá? Pelo Amor de Deus...

Beijinho, bebes.



Aliás, 2 beijinhos dessa vez. Um em cada bochecha ;) hahahaha