sábado, 19 de dezembro de 2015

JÁ É NATAL EM SP

"Quero ver você não chorar, não olhar pra trás nem se arrepender do que faz. Quero ver o amor crescer, mas se a dor nascer você resistir e sorrir. Se você pode ser assim, tão enorme assim, eu vou crer que o Natal existe, que ninguém é triste e no mundo há sempre amor.Bom Natal, um Feliz Natal, muito amor e paz pra você..."

E foi dada a largada da corrida dos presentes! Há tantos compradores desenfreados circulando por ai a procura do presente perfeito que até Papai Noel seria passado para trás. 


As ruas estão uma loucura até nos finais de semana. Na 25 de março já tem fila para ENTRAR nos Armarinhos Fernando (e não Fernandes, tá? É FER-NAN-DO) além de todas aquelas crianças gritando no meio da rua querendo o diacho da boneca da Frozen (quando Frozen é o nome do filme e não da boneca. O nome dela é Elsa, ninguém quer a Anna). 


Filas estonteantes, produtos esgotados, roupa branca em todas as vitrines de loja de roupa (já que você não pode simplesmente usar preto no ano novo por alguma razão que eu não tenho ideia de qual seja). Gente comprando o Tender, o Chester e eu aqui sem nunca me lembrar da diferença dos dois (e nem de qual bicho eles vêm).

Por toda a parte da cidade existem árvores de natal e luzes e Papai Noel. Na verdade, eu ouvi dizer que o mercado para Papai Noel de shopping está meio em baixa. E pensar que uma vez me chamaram para trabalhar como ajudante do bom velhinho no Natal. Antes eu tivesse aceitado... 

O desespero de acertar no presente do amigo secreto (já que agora todo mundo baixa músicas e não se pode mais simplesmente dar um CD das Americanas). E tudo isso tentando economizar os centavos, já que ninguém está com muita vontade de esbanjar por ai. 

Ah! Quase ia me esquecendo. Não dá para não comprar uma roupa nova para usar na data, certo? Afinal, é super necessário colocar algo impecável para ficar sentado no sofá da sala se empanturrando de farofa e Chester. (que eu ainda não sei de qual bicho é feito!)

Estão reclamando que a decoração natalina da Avenida Paulista está infinitamente inferior ao esperado, especialmente se compararmos com aquela do ano passado (que chegou a causar trânsito, pois todos queriam trazer as crianças para ver aquele monte de luzes).

MAS GENTE! Vamos parar um pouquinho? 

O que realmente importa nesse feriado? 

Não são as roupas novas ou os presentes que tornam o Natal mais especial ou agradável. Nada disso serve para suprir a falta de algum ente querido. 

Nessa nossa terrível mania de querer empurrar um presente na goela das pessoas, esquecemos que o verdadeiro valor está em nós. Que, talvez, aquele presente pudesse ter sido comprado pelo próprio parente, mas não o sentimento de ter por perto alguém de quem gostamos. 

Honestamente, a falta de luzes natalinas na Avenida Paulista é o mais irrelevante dos nossos problemas. 

Vamos só tentar apreciar a presença daqueles que amamos enquanto temos chance. Munir nosso espírito de boas energias e bons desejos para o próximo ano. Valorizar mais as coisas que nos fazem felizes, mas que passam despercebidas no dia-a-dia. 

Esse é o verdadeiro espírito do Natal. Celebrar a união, a paz e a felicidade. E nada disso dá para comprar por ai. (Talvez a felicidade hahahaha brincadeira). 

Feliz Natal para todos. :) 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

SÓ PARA MENINOS

só que não

Desde que me entendo por gente, meus pais colocavam em casa CD's de rock no aparelho de som. Enquanto eu brincava de bonecas, muitas vezes, começava alguma coisa bem agitada, tipo Rolling Stones, então meio que me acostumei com aquele ritmo. 

Colocava as bonecas pra dançar. 

Quando eu cresci, me disseram que o Rock era um ritmo masculino. Que era feio uma menina gostar de certas bandas. Que elas eram mais para garotos. Não havia, de fato, muitas vocalistas femininas.

Também gostava de brincar de basquete e futebol, mesmo que fosse terrível nisso. Gostava de ficar chutando a bola e tentando acertar em algum lugar (que nunca era o gol). Quando entrei na escolinha, no jardim, a professora disse que as meninas deviam jogar vôlei e os meninos futebol. 

Tentei ser boa em vôlei. 

Quebrei o mindinho.

Dei adeus ao vôlei. 

Fui crescendo e comecei a praticar natação. Era um esporte aquático e que eu gostava de verdade, sabe? Não tinha muitas regras além de "seja rápida". Era bacana. Mas me disseram que natação deixava os ombros largos, e que uma menina assim "não se enquadrava nos padrões de beleza". Que "era muito masculino". 

MAS se você não se identificar com academia, deixar de praticar o diacho do esporte e engordar, a sociedade dirá que você é "omissa" quanto á sua forma física e que está "fugindo dos padrões de beleza" e vai ser "mal-amada", morar num subúrbio e ter 27 gatos. 

Tá? A vida é isso ai. 

Enfim, então comecei a gostar de Rap. Curto muito o ritmo, o toque, mas também me disseram que era coisa de garoto. 

"Você não prefere Mariah Carey?"

"Não..."

"Aff."

Quando eu estava no ensino médio foi a época em que bandas como Restart começaram a surgir. Eu não curtia. Não conseguia. Sério hahahaha. 

"Você não curte?"

"Não."

"Aff, você não tem estilo."

Mas já não é ter um estilo você gostar de coisas diferentes e que não são modinha? Parece que o mundo quer (e exige) que, para as pessoas serem "diferentes e descoladas", elas sigam padrões. Que gostem das mesmas músicas, filmes, esportes, jogos, cores... Com os mesmos pontos fortes e fracos. 

Quando optei cursar jornalismo na faculdade, me alertaram de que era um ramo "muito masculino". 

Mas ei! Eu gosto de escrever!

Já que eu tenho que trabalhar na vida, eu quis tentar trabalhar com algo que me faz sentir prazer. Não pode? É proibido? Vai afetar minha imagem?

Gosto de rock, de chutar a bola e não fazer gol, de nadar, de rap, de escrever, de ler, de café! De muuuuito café! (e já me disseram que café é bebida de velho) de bicicleta, de comer bobagem e de filmes de dinossauro. 

Me deixa, sociedade! hahahahah

:*

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

POR UM MUNDO COM MAIS RECRUTAS

"- Jamais deixaria alguém para trás! - Disse o pinguim, cheio de aflição.

- Bom, acho que nem todo mundo pode ser um pinguim, não é? - Respondeu o lobo, virando de costas. O pinguim encheu-se de coragem e respondeu:

- Não. Mas talvez devessem ser."


Para quem assistiu o filme dos Pinguins de Madagascar e também para quem não assistiu. Vou tentar não dar spoilers, mas não prometo nada. Eu preciso declarar ao mundo o quão apaixonada e encantada estou com o personagem Recruta.

Os quatro pinguins que roubaram a cena nos filmes Madagascar, da Dream Works, acabaram ganhando sua própria animação. São eles Capítão, o chefe, Rico, o destruídor, Kowalski, o especialista em cálculos, e Recruta, frequentemente usado como distração e decodificador da equipe.
Não fica exatamente claro no filme o grau familiar de Capitão, Rico e Kowalski, mas é explícito que Recruta vem de outra família. A parte adorável disso tudo é que todos se consideram irmãos e tem uma preocupação especial com o "mascote".

Por seu design ser menor e mais gordinho que o dos outros é bem fácil diferenciá-lo no meio de seus companheiros de aventura. Sua voz é mais doce e infantil que a dos outros pinguins e seu jeito adorável é sua característica mais forte.

Quando o Capitão questiona Recruta sobre seu maior desejo no mundo, a resposta é simples e direta: "Gostaria de ser um membro valoroso e significativo para nossa equipe". E é com base neste desejo que o filme segue, assim como os demais desenhos dos Pinguins de Madagascar. 

Enquanto os outros três pinguins tem habilidades dignas de um agente 007, Recruta ainda é meio atrapalhado, mas sua vontade de crescer e colaborar nas missões de seus irmãos é notável. No decorrer do filme dá para avaliar seus esforços, boa vontade e preocupação com todos os integrantes da equipe.

A parte que me chamou a atenção é que os personagens do desenho, em geral, tem mais traços cômicos do que emocionais, já que é um filme destinado ao público infantil. Entretanto, Recruta é o pinguim que carrega mais consciência da convivência em sociedade e mostra a todo momento que faria qualquer coisa para o bem de sua equipe. Seu bom coração permite que se compadeça da dor dos vilões e até peça desculpas quando usa golpes para se defender.

Mesmo que tenha vontade de ter missões melhores e com mais relevância, sempre que instruído pelo Capitão, Recruta põe suas vontades de lado para aquilo que considera ser o bem comum. Tanto nas pequenas aparições nos filmes de Madagascar quanto no filme dos pinguins, Recruta é sempre o mais gentil e preocupado com o bem-estar daqueles que o rodeiam. Também é apontado que ele tem talento para desenho e estudos, já que é bom em decifrar códigos.

De tanto fazer esforços para ser relevante e valorizado por Capitão, Recruta acaba melhorando no decorrer de sua atuação e tornando-se, de fato, um membro ainda mais importante para a equipe.
É importante analisar que um personagem de animação apresenta características mais peculiares e emocionais que muitos a dos seres humanos que andam circulando por ai.

Recruta ensina, com todo seu jeito fofo e sua voz infantil, que devemos ser fiéis àqueles que amamos. Mesmo que não concordemos com eles todas as vezes, não devemos apenas impor nossas vontades sem pensar nas atitudes que beneficiariam todos. Não devemos ser omissos, verdade, mas não é certo mirar apenas em nosso próprio umbigo. Os sentimentos dos outros são importantes e devem ser valorizados, assim como gostaríamos que fizessem com os nossos.

De fato, me admirei mais pelo pinguim do que por muita gente que vejo, entende?

A principal lição tirada deste filme é que agir com o coração não é sinal de fraqueza. Pelo contrário. É uma força maior que todas as outras.

:)


segunda-feira, 7 de setembro de 2015

VAMOS FUGIR?

"Quero viver uma vida sob uma nova perspectiva. Você vem junto, porque eu amo o seu rosto e eu irei admirar seu gosto refinado" _ Panic! At The Disco

Você pode escolher o lugar, a data, a hora e o que vamos levar. Honestamente, eu não me importo com nada disso.  Mas será que levo aquele meu chinelo da Disney? Minha mochila de corujas vai sempre ter lugar pra mais um par. Eu não tenho óculos de sol, você me empresta o seu? Vem, vamos pegar uns livros aqui em casa, tem uma porção pra gente passar o tempo! Ah, a viagem é longa? Então espera, vou pegar meu Dramin!

Loucura? Talvez. Mas você sempre teve fama de ser mais doido do que eu, acho que vai topar. Topa, vai! Vai ser legal. A gente pode montar uma playlist, que tal?

Talvez nós possamos escolher um ônibus pra algum lugar do interior. Itatiba? Taubaté? Você adora falar esses nomes, não é? Poderíamos viver de campo e piscina, trabalho e rotina. Me apetece a ideia de passar algum tempo sem ter uma vida agitada e regrada, como sempre levei. Quero um tempo de paz, um pouco de tranquilidade. Um ar mais fresco para respirar. Sei que nesse lugar, cheio de plantas e árvores, você viveria rindo do meu medo absurdo de insetos. Ih, olha só! Esqueci o repelente.

E se fossemos pra praia? Ubatuba? Ilha Bela? São lindas, posso te garantir. O tempo é sempre quente, então poderíamos deixar um pouco das roupas de frio. Nem me importo, minha bota já está meio gasta mesmo. Talvez pudéssemos vender sorvetes ou miçangas. Sou de humanas, é clichê que eu faça isso mesmo. Que droga ter esquecido o repelente, né? Vamos precisar se formos fazer trilha.

Você quer ir pra outro estado? Olha, eu gosto do Paraná, e você? O tempo parece ser agradável e é tão pertinho. Ia ser bacana pra conhecer. Talvez Minas, o que você acha? Tem queijo e doce de leite! O Rio eu já conheço, gosto tanto da beira da praia... Tá, e que tal Espírito Santo? O litoral capixaba é tão lindo, e o clima também!  Agora eu to em dúvida. Cadê aquela sua moeda de duas caras pra gente tirar cara ou coroa e decidir?

Então está combinado, né? Minha mochila já está pronta e a passagem está comprada. Eu estendo minha mão pra você e te espero, na porta de casa, com um meio sorriso incerto de medo de uma súbita desistência de sua parte. Mas estou lá, com o peito transbordando em coragem e esperança.


E ai, Vamos? 

domingo, 30 de agosto de 2015

UM POUCO MAIS, POR FAVOR



"Para todos vocês, aonde quer que estejam... Lembrem-se, a luz no fim do túnel pode ser você!" _ Aerosmith



Pra começar, um pouco mais de música. Em inglês, português, espanhol,  japonês, coreano... E suas traduções também, por favor. Que sejam agradáveis e que o coração pule no ritmo. Um pouquinho de bandas novas, por favor. Que o casulo musical não se afunile com o passar dos anos. Que meus CDs não fiquem obsoletos e um pouquinho mais de espaço na estante, por favor. Tem sempre lugar pra mais música boa, não é verdade?

Um pouco mais de papel, por favor. Que seja ele A4, para que eu possa rabiscar meus traços tortos ou gotas de tinta desordenadas. Que seja ele A3, dentro dos livros, com as letras de tinta preta traçando palavras de histórias doces ou de aventura. Que seja em formato de forminha de doces, por favor, para adoçar não só a minha, mas algumas bocas amargas por aí.

Um pouco mais de sorrisos, por favor. Que sejam eles simples, naquelas tardes quentes, em meio a sorvetes e conversar. Podem ser doces, como os que precedem um beijo, ou os desengonçados, que viram gargalhadas e fazem contrair a barriga. Mas que sejam verdadeiros, por favor. Chega de só contrair lábios por aí pra esconder alguma coisa. Só sorrisos, puros, como devem ser.

Um pouco mais de amigos, por favor. Daqueles que a gente fica juntos e não vê o tempo passar. O tipo que a gente chama e vem, sabe? Que não te deixa esperando, que não te trata com descaso e que responde as tuas mensagens. Gosto daquele tipo de amigo-parente, que você não precisa falar nada, ele já sabe onde ficam os copos, pratos e talheres da sua casa e ele mesmo se serve, como se já fosse da família. Por mais daquele tipo que ligam a Tv e escolhem a programação, por favor.

Quero também um pouco mais de amor, mas não daquele tipo que a gente tem só pra mostrar por aí. Quero um amor discreto, por favor. Um amor que seja só meu, e não de quem me vê. Que seja pra encher meu coração, e não a lista de assuntos dos outros. Um pouco mais de amor simples, sem aquisições ou manias de grandeza. Que seja o sentimento puro, como tem que ser, por favor. Que acrescente e não diminua.

Um pouco mais de parque, por favor. Dos grandes dos pequenos, mas que tenham crianças, por favor. Que tenha vida, que tenha a luz do dia e o verde das plantas. O sussurro do vento, o chacoalhar das folhas e os aparelhos ergométricos em que os idosos vão se exercitar. Um que tenha sorvetes e um pouco mais de algodão doce, pra colorir entre as folhagens. E que tenha animais, por favor! Fontes, estátuas e flores, muitas flores!

Um pouco mais de tempo, para fazer as coisas durarem para sempre. Que o relógio trabalhe menos, por favor. As horas andam passando tão rápido, assim como os dias, os meses, os anos... Que a velhice demore um pouquinho mais, por favor, ainda tem tanto o que viver e o que fazer antes de ganhar minha aposentadoria e frequentar o baile da terceira idade.


Por último, mas não menos importante, um pouco mais de vida, por favor. Que os dias sejam repletos de acontecimentos para termos história para contar daqui trinta, quarenta, cinquenta anos, que seja! Mais adrenalina, por favor, para perdermos o medo de nossos fantasmas e enfrentarmos nossos monstros. Pra acelerar nossos corações e liberar endorfina nas veias, fazendo-nos sentir vivos. 

Apenas um pouco mais... Por favor? 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

A FANTÁSTICA AVENTURA DE UMA PAULISTANA NO RIO DE JANEIRO

Antes de ler este texto, você PRECISA saber que eu relutei muito em escrevê-lo. Não achei justo usar uma experiência tão íntima minha pra tecer assunto pro Blog, né? Mas como isso aqui anda meio ás moscas ultimamente, bem, por que não?

O lance é que um amigo me deu a idéia numa daquelas conversas de tarde de domingo, e embora eu tenha dito que não, cá estou eu, fazendo exatamente o que disse que não ia fazer. Me julguem hahahahha.

Eu não sei em que parte do mundo vocês, leitores ocasionais deste blog mais ocasional ainda, moram. Mas, se algum de vocês for de São Paulo e resolver se aventurar no Rio de Janeiro, bem, vai poder testemunhar o que eu vou contar aqui hahahahah

Vou começar pela coisa que mais me chamou a atenção, tá? O jeito de falar.

Eu nunca percebi que tinha um sotaque tão... descarado. Todo mundo que me ouvia falar, sabia que eu era de SP. Todo mundo. Algo sobre meu jeito de pronunciar o 'r' no meio das palavras, que faz parecer interiorano. Mas eu juro, de pés juntos, com mindinho erguido, que sou do centro. Então não sei como rolou, mas rolou. :)

O carioca tem um jeito mais intimidador de falar. E um pouco mais alto também. Na verdade, chega a acuar um pouco se você não tem costume. A coisa mais engraçado foi quando estava na praia do arpoador com um grupo de amigos e um vendedor de cerveja passou.

Não por ser um vendedor de cerveja, nem nada do gênero, mas pelo jeito. Ele apontava para as pessoas com um bocadinho do que me soou como braveza e falava "Quer cerveja?" Dum jeito que me fazia pensar que se eu não quisesse, eventualmente ele fosse me tacar uma latinha na cabeça. Mas não é, é só o jeito mesmo.

E fica ainda mais engraçado se comparando com uma vez em que estive na praia do pôr do sol e um vendedor de Heineken perguntou gentilmente pra mim e meu namorado "vai uma cervejinha ai, dupla dinâmica?". Só pra exemplificar um bocadinho da diferença do modo de falar. Os dois queriam vender o mesmo produto numa tarde de sol, mas cada um oferece com a influência regional que sofreu durante sua vivência.

E, não, não quis a cerveja de nenhum deles. Não gosto de cerveja hahahahaha.
O povo carioca fala mais devagar, mesmo que mais intimidadoramente. Ao contrário dos paulistas, que falam tudo rápido e tudo com um pouquinho mais de jeito. 

Até o jeito de chamar o garçom é diferente. Aqui, você vê as pessoas dizendo "Amigo!" ou "Ei, garçom!". Lá você ouve tipo "Ow, da gravata!" ou apenas um assovio. E lá eles chamam o motorista do ônibus de piloto. E o cobrador de trocador. Sério.

Bolacha x Biscoito = Nem vou comentar. Me recuso

O jeito de barganhar também é diferente. Aqui nós fazemos um certo flerte, pedimos por favor, enrolamos um pouquinho, fazemos até cara de choro se precisar hahahah Qualquer coisa pelos centavos. Lá já é de um modo mais imponente, por assim dizer. Puxando mais as palavras, insistindo, mostrando argumentos e coisa e tal. 

Acho engraçado pra caramba, por que é um estado tão coladinho aqui em SP e já tem uma diferença bruta no modo de falar ou de agir. Nem vou falar do lance dos dois beijinhos na bochecha por que já cansei de ser puxada pra ficar parada e esperar o outro beijinho.

Aqui é tudo muito apressado, eles dizem. Não esperamos nem pra cumprimentar direito. Hahahahahaha

Bom, se eu não for apedrejada por ai por alguém que se ofendeu com o que eu disse, em breve eu faço mais posts sobre isso ^^ Mas queria ressaltar o fato de que não quero ofender ninguém, tá? Pelo Amor de Deus...

Beijinho, bebes.



Aliás, 2 beijinhos dessa vez. Um em cada bochecha ;) hahahaha