quarta-feira, 2 de março de 2016

TOP 10 - FILMES DE COLEGIAL



"O melhor dos tempos, então, por que deixá-los para trás?" _ High School Muscial


A adolescência é aquela fase boa da vida em que nós vivemos no último suspiro da infância ao mesmo tempo em que colocamos o primeiro pé na tão temida vida adulta. Dá medo, alegria, raiva, fome, sono, consumismo, tudo junto e ao mesmo tempo. É uma loucura.

Pensando nisso e em todas as experiências que vivi ou tive conhecimento por intermédio de amizades, fiz minha própria lista com os 10 melhores filmes de colegiais.

Ou os que mais fizeram sentido para mim, pois eu caí na besteira de assistir Prom, de 2011, se não me engano, e quis morrer. E Aprovados, que eu gosto muito, já é sobre faculdade e não sobre ensino médio. Infelizmente, por que deveria estar na lista.

E aí estão eles, em ordem regressiva por que sim. :)


10. High School Musical


É da Disney, como todo mundo sabe. Mas se você não sabia, bom, SURPRESA! :D

Estrelado por Zac Efron (que foi o primeiro crush de muita gente), Vanessa Hudgens, Ashley Tisdale, Corbin Bleu, Lucas Grabeel e Monique Coleman que representam os personagens Troy Bolton, Gabriella Montez, Sharpay Evans, Chad Danforth, Ryan Evans e Taylor McKessie respectivamente.

Na verdade é uma trilogia bem musical, que aponta alguns conflitos comuns no ensino médio. Nada muito profundo nem dramático, é um filme bonitinho que mostra questões sobre a imposição de comportamento das panelinhas da escola e da importância das escolhas que surgem entre o colegial e a faculdade.

É legal justamente por ser simples.

Resolvi que ficaria em décimo lugar por ser legalzinho, sabe? Não é extraordinário, mas devo admitir que o terceiro filme é infinitamente superior aos outros dois na fotografia, figurinos e, por que não, nas músicas.


9. Vem Dançar


Para começar, é baseado em um fato.

Inspirado na vida do professor Pierre Dulaine, que ajudou vários alunos de uma periferia americana envolvendo-os charmosamente em sua matéria.

Quem faz o papel do professor é ninguém mais, ninguém menos que Antonio Banderas. Quando o filme começou esperei muito pouco dele e me surpreendi. É bem interessante por que mostra as diferenças de classes sociais e como o ambiente pode influenciar na educação de alguém.

As cenas de dança são bem legais e achei bacana o modo que a história se desenrolou, fora os figurinos que são muito bem feitos. Também é fácil se envolver e simpatizar com os personagens. 


8. Meninas Malvadas


Será que existe alguém que nunca viu esse filme?

Bom, para você que não viu, aí vai um resumo: Lindsay Lohan pasta muito na mão de Rachel McAdams. Hahahahaha.

Tá, agora é sério.

O filme se passa em Chicago e, UAU, o lançamento foi em 2004. Sintam-se velhos. Mesmo assim, continua muito atual.

Lindsay Lohan (ou Cady) é a aluna nova que acabou de chegar da África, pronta para lutar no ensino médio (que ela mesma compara com a vida na selva e eu não posso deixar de concordar). Lá ela conhece e faz amigos muito legais, mas também acaba entrando para o grupo das populares.

E é ai que o bicho pega.

Obviamente não é um filme muito profundo, mas mostra bem como funcionam as malditas panelinhas do colegial, a adoração pelos alunos populares e como sofremos chacota e somos forçados a ser outras pessoas só para não sofrermos zoação.

É divertido e acho que vale a pena. 


7. O Clube dos Cinco


Eu preciso ressaltar que vi esse filme quase amarrada. O título não me atraiu e o pôster menos ainda. Porém, para variar, eu estava enganada.

É um filme muito bacana com uma trilha sonora MARAVILHOSA que vai grudar na sua cabeça e te tornar fã de Simple Minds.

Ou não.

Conta a história de cinco alunos que foram obrigados a ficar de detenção por terem se comportado mal. Como castigo, o diretor decidiu que eles deveriam passar o sábado todo na escola e ainda redigir uma redação de 120910923819037912874 palavras.

É divertido por que os cinco alunos são completamente diferentes e, de uma forma ou de outra, começam a interagir e mostrar alguns conflitos em comum (problemas com os pais, pressão dos amigos, entre outros).

É considerado um filme clássico cult e um dos melhores sobre colegial na década de 1980.


6. As Melhores Coisas do Mundo


Um dos meus favoritos do tema.

Confesso que quando minha amiga convidou-me para ir com ela ao cinema ver esse filme e vi que o Fiuk estava no elenco fiquei com preconceito, mas levei um tapão na cara por que gostei muito.

A história se passa em São Paulo (o que me fez gostar bastante, pois a maioria dos filmes sobre o tema se passa no Rio de Janeiro) e achei bem legal escolherem o centro antigo para gravar, quebrando um pouco aquela imagem de que a cidade se resume em Avenida Paulista, Rua Augusta e Parque do Ibirapuera (que são sim lindos pontos turísticos, mas não os únicos).

Trata de temas de uma forma menos idealista, o que causou uma grande identificação de minha parte nos tópicos. Os principais questionamentos abordados referem-se, lógico, a adolescência, mas não só no ambiente escolar.

Podemos avaliar temas como divórcio (e como os filhos se sentem em relação a isso), preconceito, depressão, bullying, sexo e ciberbullying.

Sim, tem uma menina insuportável com um blog mais insuportável ainda falando mal de todo mundo. Enfim. Não vou dar spoilers hahahahah.

Só gostaria de afirmar para toooodo mundo que vale a pena. Tem uma pegada diferente dos outros filmes do gênero e acredito que só não é reconhecido por que muita gente tem frescura com cinema nacional.

Pfff. 


5. Cidades de Papel


Filme recente, olha que lindo.

Cidades de Papel se passa em uma cidade fictícia mas que, creio eu, é localizada na Flórida.

Para quem não sabe (o que duvido) o filme é baseado em um livro que li e digo com todas as letras que prefiro a adaptação para o cinema. O final é diferente e bem melhor.

Conta a história pelo ponto de vista de Quentin, um garoto certinho que cursa o último mês do ensino médio quando é envolvido em uma aventura alucinante por Margo Roth Spiegelman (ou Cara Delevigne), sua amiga de infância.

Logo, Quentin se vê envolvido em um mistério muito grande e, para desvendá-lo, precisa da ajuda de seus amigos Ben e Radar (que fazem valer o filme).

Não quero dar nenhum spoiler, especialmente por ser um filme recente, mas achei bem interessante a maneira de que se aborda a importância da amizade e dos momentos que passamos com as pessoas que realmente importam.

É um filme divertido, sem temas pesados e com uma aura meio inocente diante do ensino médio.


4. LOLA (ou LOL)


Gente, é com a Miley Cyrus e com a Demi Moore.

É mais um filme que assisti esperando absolutamente NADA e me surpreendi. De verdade. E muito.

A história toda é contada por Lola, uma adolescente que mora com a mãe, a avó e os dois irmãos mais novos. Ela está em um relacionamento não muito saudável com um garoto popular na escola e conta com seus melhores amigos para se sair dessa situação. É divertido, é realista e tem conflitos, muito mais do que estava esperando.

Fala sobre amizade, sobre fofocas, drogas, sexo, escolhas, preconceito, falta de comunicação e até romances improváveis. Aborda também como somos parecidos com nossos pais, mesmo que simplesmente não tenhamos capacidade de enxergar isso. Mas também é muito, muito fofo.

Os personagens secundários são bem legais e até que valorizados durante o filme. Tem ainda os conflitos da mãe da Lola que são bem atuais, fora a interação com as redes sociais.

Posso dizer que me identifiquei bastante com a personagem e que o filme vale a pena. Não conheço muita gente que tenha visto então, você, que está lendo isso, vai assistir. Se odiar, pode vir me falar.

Gostei da trilha sonora, da fotografia e do quarto da Lola. Todo bagunçado, bem parecido com o meu quando tinha essa idade.

Recomendo sim.


3. A Mentira


Realmente gostei do começo do filme. 

O lance de fazer como se fosse um diário por vídeo me fez querer ver até onde ia. A forma como o filme se desenrola é bem bacana e te prende de um jeito que você não consegue parar até saber como termina.

Quando li a sinopse não pensei que ia dar um nó tão grande na história de Olive, nossa narradora, interpretada pela lindíssima Emma Stone. Sério. Em todas as cenas o cabelo dela está perfeito. Eu queria ter fios controlados assim.

Enfim, tudo começa quando Olive mente para a melhor amiga e diz que transou com um cara da faculdade. O que ela não esperava é que a escola toda fosse ficar sabendo e julgando suas atitudes.

É um filme bem divertido, tem a Patrícia Clarkson como a mãe da Olive, a Lisa Kudrow como orientadora e a Amanda Bynes de antagonista.

A trilha sonora é muito boa e também existem citações a outros filmes de colegial (como o clube dos cinco ou curtindo a vida adoidado). Não foge muito do ambiente escolar e tem o foco no bullying, mostrando de todas as formas alunos que sofrem preconceito e como usam a mentira para tentarem se encaixar.

Alguns recursos do filme são originais e trata de temas bem atuais. Vale muito a pena.


2. As Vantagens de Ser Invisível


É o filme mais delicado sobre o tema.

Representa muito bem o livro e conta a história de Charlie, interpretado por Logan Lerman (ou Percy Jackson), que sofreu de depressão antes mesmo de entrar para o ensino médio e agora, com 15 anos, conta por meio de cartas endereçadas a uma pessoa (que não sabemos quem é) sua história.

Charlie é ingênuo e calado, mora com os pais e a irmã e levava uma vida comum até fazer amizade com Sam (Emma Watson) e Patrick (Ezra Miller), que o envolvem em um mundo divertido e simples, cheio de pequenos prazeres que ajudam o protagonista a se sintonizar melhor com ele mesmo.

De um modo bem resumido, o filme mostra a simples busca pela felicidade sem deixar de aproveitar os momentos que a juventude proporciona.

É um filme que nos transporta totalmente para os conflitos de Charlie (que não são poucos) e nos sensibiliza de uma maneira toda especial. Os outros personagens também trazem seus problemas e é bem interessante ver o rumo que as coisas tomam.

Além de sensível, o filme é doce e jovial, com um final surpreendente e uma história guiada por uma maravilhosa trilha sonora. É praticamente impossível não se apaixonar por Emma Watson e eu recomendo que, quem não viu, veja. E quem já viu, veja de novo.


1. Curtindo a vida adoidado

Sim, Baby.

O filme é de 1986 e perpetua como o melhor do gênero. É divertido, leve e mostra de maneira simples como, se você não parar para aproveitar de vez em quando, vai acabar perdendo o melhor da vida.

Tudo se passa em Chicago e vários pontos turísticos são apresentados durante o filme. Ferris Buller, interpretado por Matthew Broderick, é o aluno mais popular da escola. Charmoso, divertido e carismático ele mata aula pela nona vez com sua namorada Sloane Peterson e seu melhor amigo Cameron Frye.

Os três jovens se divertem e aproveitam o dia enquanto a irmã mais velha de Ferris, Jeanie (Jennifer Grey) e o diretor do colégio, Sr. Ed Rooney (Jeffrey Jones), tentam apanhar o garoto na mentira e provar para os amigos e família que ele não passa de uma fraude.

É um filme engraçado e suave, que mostra os adolescentes em vários locais e situações inusitadas, tentando fugir da vista dos pais para curtir um pouco os últimos momentos antes da faculdade.

Curtindo a Vida Adoidado trata da relação dos jovens com os pais (especialmente da parte de Cameron), dos romances adolescentes e da importância da amizade e descontração nessa fase da vida.

Com certeza todo jovem devia assistir esse filme, que tenta trazer o ensino médio como uma fase boa e que deve ser aproveitada ao máximo.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

CONVERSAS DE ELEVADOR

O elevador que descia a toda velocidade para no décimo sexto andar. Duas moças entram com pastas e sacolas. Uma delas suspira e se encosta na parede espelhada enquanto as portas fecham novamente.

- Meu irmão tinha uma mesa tão bonita...

A outra olha para a amiga e ajeita a pasta no antebraço.

- O que houve com ela?

- Quebraram na mudança...

O elevador para no décimo andar. Mais duas moças entram, carregando currículos amassados nas mãos. Uma delas para ao lado dos botões e mexe no cabelo loiro.

- E pensar que hoje ainda vou ter que ir para o hospital.

- Sua mãe não melhorou?

- Não...

E é assim que se nota a complexidade das prioridades humanas.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

SOBRE O AMOR

Não aceite raspas e sobras,
Nem migalhas e bordas.
Amor é feito por inteiro,
Não de pequenas provas.

sábado, 19 de dezembro de 2015

JÁ É NATAL EM SP

"Quero ver você não chorar, não olhar pra trás nem se arrepender do que faz. Quero ver o amor crescer, mas se a dor nascer você resistir e sorrir. Se você pode ser assim, tão enorme assim, eu vou crer que o Natal existe, que ninguém é triste e no mundo há sempre amor.Bom Natal, um Feliz Natal, muito amor e paz pra você..."

E foi dada a largada da corrida dos presentes! Há tantos compradores desenfreados circulando por ai a procura do presente perfeito que até Papai Noel seria passado para trás. 


As ruas estão uma loucura até nos finais de semana. Na 25 de março já tem fila para ENTRAR nos Armarinhos Fernando (e não Fernandes, tá? É FER-NAN-DO) além de todas aquelas crianças gritando no meio da rua querendo o diacho da boneca da Frozen (quando Frozen é o nome do filme e não da boneca. O nome dela é Elsa, ninguém quer a Anna). 


Filas estonteantes, produtos esgotados, roupa branca em todas as vitrines de loja de roupa (já que você não pode simplesmente usar preto no ano novo por alguma razão que eu não tenho ideia de qual seja). Gente comprando o Tender, o Chester e eu aqui sem nunca me lembrar da diferença dos dois (e nem de qual bicho eles vêm).

Por toda a parte da cidade existem árvores de natal e luzes e Papai Noel. Na verdade, eu ouvi dizer que o mercado para Papai Noel de shopping está meio em baixa. E pensar que uma vez me chamaram para trabalhar como ajudante do bom velhinho no Natal. Antes eu tivesse aceitado... 

O desespero de acertar no presente do amigo secreto (já que agora todo mundo baixa músicas e não se pode mais simplesmente dar um CD das Americanas). E tudo isso tentando economizar os centavos, já que ninguém está com muita vontade de esbanjar por ai. 

Ah! Quase ia me esquecendo. Não dá para não comprar uma roupa nova para usar na data, certo? Afinal, é super necessário colocar algo impecável para ficar sentado no sofá da sala se empanturrando de farofa e Chester. (que eu ainda não sei de qual bicho é feito!)

Estão reclamando que a decoração natalina da Avenida Paulista está infinitamente inferior ao esperado, especialmente se compararmos com aquela do ano passado (que chegou a causar trânsito, pois todos queriam trazer as crianças para ver aquele monte de luzes).

MAS GENTE! Vamos parar um pouquinho? 

O que realmente importa nesse feriado? 

Não são as roupas novas ou os presentes que tornam o Natal mais especial ou agradável. Nada disso serve para suprir a falta de algum ente querido. 

Nessa nossa terrível mania de querer empurrar um presente na goela das pessoas, esquecemos que o verdadeiro valor está em nós. Que, talvez, aquele presente pudesse ter sido comprado pelo próprio parente, mas não o sentimento de ter por perto alguém de quem gostamos. 

Honestamente, a falta de luzes natalinas na Avenida Paulista é o mais irrelevante dos nossos problemas. 

Vamos só tentar apreciar a presença daqueles que amamos enquanto temos chance. Munir nosso espírito de boas energias e bons desejos para o próximo ano. Valorizar mais as coisas que nos fazem felizes, mas que passam despercebidas no dia-a-dia. 

Esse é o verdadeiro espírito do Natal. Celebrar a união, a paz e a felicidade. E nada disso dá para comprar por ai. (Talvez a felicidade hahahaha brincadeira). 

Feliz Natal para todos. :) 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

SÓ PARA MENINOS

só que não

Desde que me entendo por gente, meus pais colocavam em casa CD's de rock no aparelho de som. Enquanto eu brincava de bonecas, muitas vezes, começava alguma coisa bem agitada, tipo Rolling Stones, então meio que me acostumei com aquele ritmo. 

Colocava as bonecas pra dançar. 

Quando eu cresci, me disseram que o Rock era um ritmo masculino. Que era feio uma menina gostar de certas bandas. Que elas eram mais para garotos. Não havia, de fato, muitas vocalistas femininas.

Também gostava de brincar de basquete e futebol, mesmo que fosse terrível nisso. Gostava de ficar chutando a bola e tentando acertar em algum lugar (que nunca era o gol). Quando entrei na escolinha, no jardim, a professora disse que as meninas deviam jogar vôlei e os meninos futebol. 

Tentei ser boa em vôlei. 

Quebrei o mindinho.

Dei adeus ao vôlei. 

Fui crescendo e comecei a praticar natação. Era um esporte aquático e que eu gostava de verdade, sabe? Não tinha muitas regras além de "seja rápida". Era bacana. Mas me disseram que natação deixava os ombros largos, e que uma menina assim "não se enquadrava nos padrões de beleza". Que "era muito masculino". 

MAS se você não se identificar com academia, deixar de praticar o diacho do esporte e engordar, a sociedade dirá que você é "omissa" quanto á sua forma física e que está "fugindo dos padrões de beleza" e vai ser "mal-amada", morar num subúrbio e ter 27 gatos. 

Tá? A vida é isso ai. 

Enfim, então comecei a gostar de Rap. Curto muito o ritmo, o toque, mas também me disseram que era coisa de garoto. 

"Você não prefere Mariah Carey?"

"Não..."

"Aff."

Quando eu estava no ensino médio foi a época em que bandas como Restart começaram a surgir. Eu não curtia. Não conseguia. Sério hahahaha. 

"Você não curte?"

"Não."

"Aff, você não tem estilo."

Mas já não é ter um estilo você gostar de coisas diferentes e que não são modinha? Parece que o mundo quer (e exige) que, para as pessoas serem "diferentes e descoladas", elas sigam padrões. Que gostem das mesmas músicas, filmes, esportes, jogos, cores... Com os mesmos pontos fortes e fracos. 

Quando optei cursar jornalismo na faculdade, me alertaram de que era um ramo "muito masculino". 

Mas ei! Eu gosto de escrever!

Já que eu tenho que trabalhar na vida, eu quis tentar trabalhar com algo que me faz sentir prazer. Não pode? É proibido? Vai afetar minha imagem?

Gosto de rock, de chutar a bola e não fazer gol, de nadar, de rap, de escrever, de ler, de café! De muuuuito café! (e já me disseram que café é bebida de velho) de bicicleta, de comer bobagem e de filmes de dinossauro. 

Me deixa, sociedade! hahahahah

:*

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

POR UM MUNDO COM MAIS RECRUTAS

"- Jamais deixaria alguém para trás! - Disse o pinguim, cheio de aflição.

- Bom, acho que nem todo mundo pode ser um pinguim, não é? - Respondeu o lobo, virando de costas. O pinguim encheu-se de coragem e respondeu:

- Não. Mas talvez devessem ser."


Para quem assistiu o filme dos Pinguins de Madagascar e também para quem não assistiu. Vou tentar não dar spoilers, mas não prometo nada. Eu preciso declarar ao mundo o quão apaixonada e encantada estou com o personagem Recruta.

Os quatro pinguins que roubaram a cena nos filmes Madagascar, da Dream Works, acabaram ganhando sua própria animação. São eles Capítão, o chefe, Rico, o destruídor, Kowalski, o especialista em cálculos, e Recruta, frequentemente usado como distração e decodificador da equipe.
Não fica exatamente claro no filme o grau familiar de Capitão, Rico e Kowalski, mas é explícito que Recruta vem de outra família. A parte adorável disso tudo é que todos se consideram irmãos e tem uma preocupação especial com o "mascote".

Por seu design ser menor e mais gordinho que o dos outros é bem fácil diferenciá-lo no meio de seus companheiros de aventura. Sua voz é mais doce e infantil que a dos outros pinguins e seu jeito adorável é sua característica mais forte.

Quando o Capitão questiona Recruta sobre seu maior desejo no mundo, a resposta é simples e direta: "Gostaria de ser um membro valoroso e significativo para nossa equipe". E é com base neste desejo que o filme segue, assim como os demais desenhos dos Pinguins de Madagascar. 

Enquanto os outros três pinguins tem habilidades dignas de um agente 007, Recruta ainda é meio atrapalhado, mas sua vontade de crescer e colaborar nas missões de seus irmãos é notável. No decorrer do filme dá para avaliar seus esforços, boa vontade e preocupação com todos os integrantes da equipe.

A parte que me chamou a atenção é que os personagens do desenho, em geral, tem mais traços cômicos do que emocionais, já que é um filme destinado ao público infantil. Entretanto, Recruta é o pinguim que carrega mais consciência da convivência em sociedade e mostra a todo momento que faria qualquer coisa para o bem de sua equipe. Seu bom coração permite que se compadeça da dor dos vilões e até peça desculpas quando usa golpes para se defender.

Mesmo que tenha vontade de ter missões melhores e com mais relevância, sempre que instruído pelo Capitão, Recruta põe suas vontades de lado para aquilo que considera ser o bem comum. Tanto nas pequenas aparições nos filmes de Madagascar quanto no filme dos pinguins, Recruta é sempre o mais gentil e preocupado com o bem-estar daqueles que o rodeiam. Também é apontado que ele tem talento para desenho e estudos, já que é bom em decifrar códigos.

De tanto fazer esforços para ser relevante e valorizado por Capitão, Recruta acaba melhorando no decorrer de sua atuação e tornando-se, de fato, um membro ainda mais importante para a equipe.
É importante analisar que um personagem de animação apresenta características mais peculiares e emocionais que muitos a dos seres humanos que andam circulando por ai.

Recruta ensina, com todo seu jeito fofo e sua voz infantil, que devemos ser fiéis àqueles que amamos. Mesmo que não concordemos com eles todas as vezes, não devemos apenas impor nossas vontades sem pensar nas atitudes que beneficiariam todos. Não devemos ser omissos, verdade, mas não é certo mirar apenas em nosso próprio umbigo. Os sentimentos dos outros são importantes e devem ser valorizados, assim como gostaríamos que fizessem com os nossos.

De fato, me admirei mais pelo pinguim do que por muita gente que vejo, entende?

A principal lição tirada deste filme é que agir com o coração não é sinal de fraqueza. Pelo contrário. É uma força maior que todas as outras.

:)


segunda-feira, 7 de setembro de 2015

VAMOS FUGIR?

"Quero viver uma vida sob uma nova perspectiva. Você vem junto, porque eu amo o seu rosto e eu irei admirar seu gosto refinado" _ Panic! At The Disco

Você pode escolher o lugar, a data, a hora e o que vamos levar. Honestamente, eu não me importo com nada disso.  Mas será que levo aquele meu chinelo da Disney? Minha mochila de corujas vai sempre ter lugar pra mais um par. Eu não tenho óculos de sol, você me empresta o seu? Vem, vamos pegar uns livros aqui em casa, tem uma porção pra gente passar o tempo! Ah, a viagem é longa? Então espera, vou pegar meu Dramin!

Loucura? Talvez. Mas você sempre teve fama de ser mais doido do que eu, acho que vai topar. Topa, vai! Vai ser legal. A gente pode montar uma playlist, que tal?

Talvez nós possamos escolher um ônibus pra algum lugar do interior. Itatiba? Taubaté? Você adora falar esses nomes, não é? Poderíamos viver de campo e piscina, trabalho e rotina. Me apetece a ideia de passar algum tempo sem ter uma vida agitada e regrada, como sempre levei. Quero um tempo de paz, um pouco de tranquilidade. Um ar mais fresco para respirar. Sei que nesse lugar, cheio de plantas e árvores, você viveria rindo do meu medo absurdo de insetos. Ih, olha só! Esqueci o repelente.

E se fossemos pra praia? Ubatuba? Ilha Bela? São lindas, posso te garantir. O tempo é sempre quente, então poderíamos deixar um pouco das roupas de frio. Nem me importo, minha bota já está meio gasta mesmo. Talvez pudéssemos vender sorvetes ou miçangas. Sou de humanas, é clichê que eu faça isso mesmo. Que droga ter esquecido o repelente, né? Vamos precisar se formos fazer trilha.

Você quer ir pra outro estado? Olha, eu gosto do Paraná, e você? O tempo parece ser agradável e é tão pertinho. Ia ser bacana pra conhecer. Talvez Minas, o que você acha? Tem queijo e doce de leite! O Rio eu já conheço, gosto tanto da beira da praia... Tá, e que tal Espírito Santo? O litoral capixaba é tão lindo, e o clima também!  Agora eu to em dúvida. Cadê aquela sua moeda de duas caras pra gente tirar cara ou coroa e decidir?

Então está combinado, né? Minha mochila já está pronta e a passagem está comprada. Eu estendo minha mão pra você e te espero, na porta de casa, com um meio sorriso incerto de medo de uma súbita desistência de sua parte. Mas estou lá, com o peito transbordando em coragem e esperança.


E ai, Vamos?